Dono de uma conquista histórica no MMA, o norte-americano Nick Newell perdeu seu cinturão de leves nesta sexta-feira. O motivo: não responder a um convite para um evento do XFC (Xtreme Fighting Championship).
Mesmo com uma doença congênita que desde o nascimento o tirou uma das mãos e parte do braço, Newell faturou seu primeiro cinturão no mundo profissional da modalidade em dezembro de 2012, após derrotar Eric Reynolds.
A conquista, porém, foi retirada do norte-americano pelo dono da franquia XFC, John Prisco. Segundo ele, o lutador não respondeu a um convite para um evento em que Newell lutaria com Scott Holtzman para defender seu cinturão.
"Nick fez seu nome na luta contra lutadores que estavam dispostos a lutar contra ele e, agora, ele recebe uma oportunidade e recusa. Ele não quis lutar contra Scott, que possui o mesmo recorde no XFC que ele (de quatro lutas sem perder). Para mim, isso é hipocrisia e eu não respeito quem toma esse tipo de atitude na minha organização", escreveu o presidente no site oficial da franquia.
O dirigente relatou, também, que permaneceu sem resposta do lutador mesmo após oferecer mais dinheiro para ele participar do evento. Nervoso com a falta de retorno, Prisco acusou Newell de estar com medo de perder.
"Acho que ele sabe o que eu acredito: ele iria perder. Nick sabe que ele não pode se defender de alguém como o Scott. Acredito que o Scott é um dos lutadores mais talentosos do planeta. Para mim, a luta terminaria já no primeiro round".
Nick Newell, de 26 anos, começou sua carreira lutando wrestling nos Estados Unidos. Fã de lutadores como Shogun e Anderson Silva, ele foi parar no MMA e, desde 2009, construiu um cartel respeitável em nove combates. Entre as vitórias, seis vieram por finalização e duas por nocaute.
O desejo do lutador é ir para o UFC, vencendo o preconceito de que um atleta amputado não possa competir junto ao restante dos profissionais.
"Você não pode parar alguém que tem determinação", disse ele, em entrevista ao UOL em abril. O presidente do Ultimate, Dana White, disse não ser contra uma possível contratação do lutador, mas faz ressalvas: "com duas mãos, já é complicado lutador no UFC."
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