Erick, um dos 60 atendidos pelo serviço de equoterapia, em atividade com bolas.
“Meu filho não parava de chorar até que eu o carregasse no colo. Agora é outra criança, quer andar a todo instante e em breve largará o andador”. O depoimento é de Azenate Goiabeira, mãe de Nícolas (três anos), diagnosticado com paralisia cerebral causada por uma hidrocefalia. Há seis meses, ele frequenta sessões semanais de equoterapia e, com a ajuda de um cavalo e de fisioterapeutas, tem melhorado seu tônus muscular, equilíbrio e desenvolvimento neurológico.
Nícolas e outras 60 crianças e adolescentes são atendidos pelo serviço de equoterapia, oferecido gratuitamente pela Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias Municipais de Saúde (SMS); e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED); e executadas pelo Centro Social Nossa Senhora da Penha (CENHA). O tratamento é indicado em casos de paralisia cerebral, esclerose múltipla, atrofia muscular, distúrbios e/ou atrasos motores, autismo, síndromes genéticas entre outras. O encaminhamento é feito pela rede de saúde, que tem sua porta de entrada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Estas, após avaliação médica, direcionam o paciente para o Núcleo Integrado de Reabilitação (NIR), que por sua vez indica, quando necessário, as sessões de terapia com cavalo. Inaugurado em fevereiro de 2012, trata-se do primeiro serviço municipal deste gênero e a rapidez com que todas as vagas foram preenchidas revela que a demanda é crescente.
A diretora técnica do CENHA, Rosa Martins, lembra que o trabalho passa por algumas etapas. “Primeiro as fisioterapeutas fazem a aproximação gradual entre o cavalo e a criança, o que inclui alimentar o animal, tocá-lo, até que não haja mais medo”. Em seguida, explica a fisioterapeuta Daniela Sanches, a criança é orientada sobre a interatividade afetiva com o cavalo. “Temos alguns pacientes que antes de iniciarem o tratamento são muito agressivos, mas o contato com o animal ajuda a produzir serotonina no cérebro, aumentando a sensação de prazer e acalmando o paciente”.
Um dos princípios básicos da equoterapia concentra-se na andadura do cavalo, que transmite ao praticante um movimento tridimensional, que se assemelha ao da pelve humana (região de transição entre o tronco e os membros inferiores). Estimula também o desenvolvimento neuropsicomotor e propicia um grau maior de autoconfiança. “A gente percebe também melhorias na fala. A mastigação do cavalo emite um som similar ao do interior do útero. Além de acalmar, a criança copia os movimentos faciais”, comenta Daniela Sanches. Neuracy da Silva, mãe de Erick (seis anos), que desde setembro de 2012 participa das sessões, conta sobre a melhora na evolução do filho. “Ele já está começando a falar. Antes nem subia escadas, agora consegue quase sozinho”.
Apesar dos inúmeros benefícios, a equoterapia não pode ser encarada como único método de reabilitação. “Ela sozinha não faz milagres. É necessário complementar com outras terapias, como sessões de fonoaudiologia e hidroterapia, por exemplo”, alerta a fisioterapeuta Valéria Barbosa.
Nas sessões de 45 minutos, sendo 30 em cima do cavalo, são feitos movimentos que trabalham todo o corpo. Alguns brinquedos, como bolas e argolas, auxiliam nas atividades. “O que pode parecer uma brincadeira pra criança, é na verdade um exercício enorme para quem tem dificuldade de movimentação e equilíbrio”, conta Magda Vieira dos Santos, também fisioterapeuta do CENHA.
Dependendo de cada paciente, a evolução pode ser percebida em seis meses ou em mais tempo, de um a dois anos. “É prazeroso observar como há uma melhora, mesmo que pequena no início. Confesso que não conhecia esse trabalho com cavalo, mas me apaixonei assim que comecei a estagiar aqui”, admite Luciana Alencar, estagiária de fisioterapia que auxilia a equipe do CENHA.
Nícolas e outras 60 crianças e adolescentes são atendidos pelo serviço de equoterapia, oferecido gratuitamente pela Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias Municipais de Saúde (SMS); e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED); e executadas pelo Centro Social Nossa Senhora da Penha (CENHA). O tratamento é indicado em casos de paralisia cerebral, esclerose múltipla, atrofia muscular, distúrbios e/ou atrasos motores, autismo, síndromes genéticas entre outras. O encaminhamento é feito pela rede de saúde, que tem sua porta de entrada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Estas, após avaliação médica, direcionam o paciente para o Núcleo Integrado de Reabilitação (NIR), que por sua vez indica, quando necessário, as sessões de terapia com cavalo. Inaugurado em fevereiro de 2012, trata-se do primeiro serviço municipal deste gênero e a rapidez com que todas as vagas foram preenchidas revela que a demanda é crescente.
A diretora técnica do CENHA, Rosa Martins, lembra que o trabalho passa por algumas etapas. “Primeiro as fisioterapeutas fazem a aproximação gradual entre o cavalo e a criança, o que inclui alimentar o animal, tocá-lo, até que não haja mais medo”. Em seguida, explica a fisioterapeuta Daniela Sanches, a criança é orientada sobre a interatividade afetiva com o cavalo. “Temos alguns pacientes que antes de iniciarem o tratamento são muito agressivos, mas o contato com o animal ajuda a produzir serotonina no cérebro, aumentando a sensação de prazer e acalmando o paciente”.
Um dos princípios básicos da equoterapia concentra-se na andadura do cavalo, que transmite ao praticante um movimento tridimensional, que se assemelha ao da pelve humana (região de transição entre o tronco e os membros inferiores). Estimula também o desenvolvimento neuropsicomotor e propicia um grau maior de autoconfiança. “A gente percebe também melhorias na fala. A mastigação do cavalo emite um som similar ao do interior do útero. Além de acalmar, a criança copia os movimentos faciais”, comenta Daniela Sanches. Neuracy da Silva, mãe de Erick (seis anos), que desde setembro de 2012 participa das sessões, conta sobre a melhora na evolução do filho. “Ele já está começando a falar. Antes nem subia escadas, agora consegue quase sozinho”.
Apesar dos inúmeros benefícios, a equoterapia não pode ser encarada como único método de reabilitação. “Ela sozinha não faz milagres. É necessário complementar com outras terapias, como sessões de fonoaudiologia e hidroterapia, por exemplo”, alerta a fisioterapeuta Valéria Barbosa.
Nas sessões de 45 minutos, sendo 30 em cima do cavalo, são feitos movimentos que trabalham todo o corpo. Alguns brinquedos, como bolas e argolas, auxiliam nas atividades. “O que pode parecer uma brincadeira pra criança, é na verdade um exercício enorme para quem tem dificuldade de movimentação e equilíbrio”, conta Magda Vieira dos Santos, também fisioterapeuta do CENHA.
Dependendo de cada paciente, a evolução pode ser percebida em seis meses ou em mais tempo, de um a dois anos. “É prazeroso observar como há uma melhora, mesmo que pequena no início. Confesso que não conhecia esse trabalho com cavalo, mas me apaixonei assim que comecei a estagiar aqui”, admite Luciana Alencar, estagiária de fisioterapia que auxilia a equipe do CENHA.
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