O metrô é utilizado por milhões de brasileiros todos os dias, e é um meio de transporte muito eficiente, mas como será para os cadeirantes? Em uma reportagem que fiz em 2010 mostrei que em BH estamos longe de ter acessibilidade no metrô, mas nesse post meu irmão, o arquiteto Bruno Ribeiro, mostra que há uma lei para que esse quadro mude até 2014 e sugere ações para melhorar a acessibilidade.
Rampa para acesso às estações |
"A Lei Federal 5296/2004, que estabeleceu o prazo até 2014 para que seja implantada a acessibilidade nos espaços públicos, está provocando ações das empresas de transporte na adequação das estações, trens e metrôs e concepção de projetos acessíveis, gerando novas diretrizes de projeto seguindo as normas NBR 9050 e NBR 14021 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Em São Paulo, a primeira linha do Metrô foi inaugurada na década de 70, quando os conceitos de acessibilidade e desenho universal não eram vigentes. Com o tempo, muitas estações e sistemas de transporte sofreram adaptações à essa nova realidade e, atualmente, a legislação não permite que as novas edificações e espaços públicos sejam concebidos sem atendimento desses conceitos.
As soluções desenvolvidas no Metrô de São Paulo podem servir de exemplo para o resto do Brasil, mas ainda há muito caminho a percorrer até que as estações e seu entorno sejam plenamente acessíveis, a começar pela diminuição da superlotação em estações e trens através da ampliação e modernização da rede metroferroviária e integração com terminais metropolitanos e ônibus urbanos.
A seguir são apresentadas algumas ações que podem tornar os espaços do Metrô mais acessíveis:
• Instalação de elevadores, plataformas elevatórias e escadas rolantes;• Instalação de sistema de supervisão, permitindo que os usuários sejam monitorados e que seu auxílio seja mais rápido e eficaz;
• Instalação de sistema de comunicação, para que o usuário possa solicitar auxílio;
• Instalação de sistema de controle de acesso, os bloqueios acessíveis junto aos elevadores;
• Instalação de piso tátil direcional e de alerta desde os acessos até os locais de embarque e desembarque na plataforma;`
• Substituição dos corrimãos das rampas e escadas pelo modelo recomendado nas normas de acessibilidade;
• Instalação de sinalização tátil e visual de orientação para uso dos elevadores e plataformas elevatórias;
• Adequação dos sanitários públicos segundo as normas de acessibilidade;
• Adequação do mobiliário nas estações e trens, como os assentos para obesos nas plataformas;
• Aquisição de cadeira de rodas para auxílio dos usuários;
• Aquisição de equipamentos para resgate;
• Implementação de telefones acessíveis para pessoas surdas e pessoas em cadeira de rodas;
• Implementação de nova identidade visual para indicação dos assentos preferenciais, elevadores etc.
• Capacitação dos empregados para atendimento, condução e auxílio a pessoas com deficiência física, visual e auditiva.
Arq. Bruno R. Fernandes
BIBLIOGRAFIA: artigo “Ações de Acessibilidade” na Revista da Engenharia n. 594/2009.
Fonte: Blog do Cadeirante
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Acessibilidade