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A mobilidade urbana a serviço de um novo tipo de urbanismo mais voltado para o desenvolvimento social.


Eu venho debatendo as questões de Mobilidade Urbana desde 2005, numa época que este assunto ainda   não  discutido  abertamente   com a sociedade brasileira , hoje é fato que a mobilidade urbana vem tomando cada vez mais corpo na sociedade e o governo vem inserindo as questões de sustentabilidade de forma tímida mas gradativa. .
Enquanto se discute o crescimento da motorização, sobretudo dos veículos individuais que para mim já  é um assunto ultrapassado, deveríamos estar discutindo políticas públicas para os próximos 20, 30 anos em função do tipo de cidade queremos viver. As montadoras seguirão o fluxo da transformação das cidades e sempre haverá espaço para os deslocamentos individuais motorizados, já chegamos na curva de declínio dos automóveis  no mundo todo, depois  de ver ao longo dos anos o declínio das nossas cidades, agora precisamos discutir a cidade dos próximos anos, e  como iremos  fazer essa revolução.
O lado bom da história é que enquanto a geração X ( quem nasceu nos anos 60 até  o final dos anos 70) parece não querer envolver-se  com as questões de políticas sociais voltadas para a mobilidade urbana, mas  as gerações Y, Z ( inicio dos anos 80 até 2000)  nasceram mais sensíveis  para estas questões,  porque não foram completamente contaminados pela geração Baby  Boomer que tinha o carro como símbolo de liberdade e status, muitos estão transformando a Mobilidade Urbana numa causa pessoal.
O fato é que muitos eventos vem acontecendo nas cidades desde  a primavera árabe, o movimento Occupy Wall Street que desencadearam  no mundo todo a importância de discutir  ou re-discutir o meio ambiente urbano, repensar as relações humanas e a liberdade individual. Todos os grandes eventos que acontecem em São Paulo nos últimos 2 anos,   desde a Campus Party,  Virada Sustentável, Festival Baixo Centro, existe Amor e SP, traz em seu bojo a discussão do uso do solo, da mobilidade urbana  e do espaço público.
No entanto, além da matriz energética, da política de incentivos ao combustível fóssil , da falta de investimentos em sistemas de transportes de baixo carbono e todas as questões relacionadas a Mobilidade Urbana como “fim” , ou seja,  na Mobilidade Urbana voltada apenas  para transportar uma pessoa de um ponto a outro , estão fadados ao fracasso, visto que a Mobilidade como fim em si mesmo tem capacidade limitada.   Mobilidade Urbana precisa ser discutida como um “meio” de levar o desenvolvimento para comunidades evitando grandes deslocamentos.  Para formular um bom programa de mobilidade urbana  é preciso partir do principio que será necessário pensar sobre como  crescer os indicadores  sociais, econômicos das áreas da cidade que sofrerão intervenções de Mobilidade Urbana,  respeitando os interesses da população através de um plano de desenvolvimento  que permita com que as pessoas necessitem de menor número de  deslocamentos possíveis para que elas consigam trabalhar, estudar e ter acesso a lazer e bens serviços, sem cair na armadilha do adensamento, porque não é necessário adensar mais  para gerar o desenvolvimento local, as áreas menos verticalizadas provavelmente serão aquelas com menos trânsito e maior qualidade de vida.
Por Lincoln Paiva
Wilson Faustino

Wilson Faustino 43 anos casado, cadeirante empreendedor, trabalho com marketing e vendas diretas e virtuais. Atuando também como afiliado em plataformas como Hotmart, Eduzz, Monetizze e Lomadee. Trago todo o meu conhecimento para ajudar aqueles que pretendem trabalhar do conforto da sua casa e conquistar a independência financeira e geográfica.

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